[REVIEW] Blackstar - David Bowie
Blackstar (ou ★)
David Bowie
Lançamento: 8 de Janeiro de 2016
Infelizmente, antes de começar essa review, sentimos muito pelo vazio que a indústria musical ficou sem o Camaleão do Rock. Mas, como ele nunca foi um cara que fica tristonho por aí, vamos levantar a cabeça e seguir em frente.
Bowie é um daqueles artistas que você não sabe o que esperar, que nunca conseguirá ter uma noção do que pode vir em seus álbuns; mas dessa vez ele se superou e muito. Bowie, após 24 álbuns, nos apresenta "Blackstar", o álbum em que ele se despe de todos seus personagens e alteregos, e nos mostra seu lado mais intimista e intenso.
Se afastando abruptamente do rock, Bowie cai no experimentalismo, usando e abusando de elementos de jazz, shoegaze, entre outros. O primeiro single, "Blackstar", dá uma prévia (de 9 minutos) de tudo que está para acontecer no álbum: é uma mistura de ritmos e sensações, misturado com uma voz mais carregada do que nos demais discos. Correndo entre os metais do jazz, a sonoridade shoegaze que está em alta, e o ritmo alternativo, "Blackstar", o single, abre dignamente o álbum.
Uma das melhores faixas é "Lazarus", que até mesmo o clipe merece destaque: é como se Bowie estivesse prevendo sua morte, deitado em um leito de hospital com os olhos vendados. A presença de metais sutis, misturado com uma batida alternativa, e sua voz carregada iniciando "Look up here, I'm in heaven/ I've got scars that can't be seen", faz com que a força dessa música é impressionante.
Provavelmente muitos fãs da fase rock de Bowie torceram o nariz quando ouviram pela primeira vez, pela mistura de sonoridades e pelo distanciamento do rock. Mas, com 8 faixas, e uma sinceridade absurda, Bowie nos presenteou com um dos seus álbuns mais interessante, e, sendo mais otimista ainda, um dos melhores de sua carreira.
Nota: 8,5/ 10
Melhores faixas: Blackstar, Lazarus, Dollar Days
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