quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

[REVIEW] Death Of A Bachelor - Panic! At The Disco

Death Of A Bachelor
Panic! At The Disco
Lançamento: 15 de Janeiro de 2016

Estamos aqui na primeira review do blog (uhu!).

Quem não se lembra do sucesso estrondoso de A Fever You Can't Sweat Out, alçado pelo single I Write Sins Not Tragedies, em 2005? Com esse single, P!ATD foi alçado ao reconhecimento mundial, brigando por espaço com bandas similares, como Fall Out Boy e My Chemical Romance.

Após o enorme sucesso, a banda que antes usava lápis de olho e jeito teatral em seus shows e músicas, decidiram se aventurar por um caminho um pouco duvidoso e conturbado; com isso, nasceu Pretty. Odd, um álbum com influências claras de The Beatles, porém sem perder a identidade teatral, que não foi uma escolha muito apropriada no momento em que se encontravam.

Após baixas na banda, como a saída de todos integrantes do início da banda (incluindo Ryan Ross), e dois álbuns com uma pegada mais eletrônica do que teatral, como podemos ver em Vices & Virtues (um álbum mais maduro, porém com algumas influências do debut album, como a teatralidade em seus videoclipes) e Too Weird To Live, Too Rare To Die! (um álbum basicamente com bases eletrônicas, sem a identidade dos demais álbuns), chegamos em 2016 com Brendon Urie carregando a banda nas costas e com a missão de se reinventar em um novo álbum. Foi desta forma que nasceu Death Of A Bachelor.

Para Brendon, a missão de se reinventar em um novo álbum não se mostrou complicado, já que ele sempre fez isso de uma forma incrível, seja para o bem ou para o mal. Brendon Urie (já que Panic! At The Disco se resume basicamente ao seu vocalista) fez com que a banda trilhasse seu caminho sem perder o encanto devido à sua versatilidade vocal, diferenciando-se de outros cantores.

Com isso, vemos que Death Of A Bachelor é um álbum onde houve um encontro positivo: a teatralidade e força dos metais dos primeiros álbuns, e maior exploração vocal e bases eletrônicas mais preponderantes do segundo álbum. Apesar das bases eletrônicas serem algo diferencial, algumas vezes elas podem atrapalhar, como ocorre em algumas músicas, como Hallelujah e Victorious; as vezes menos é mais.

Mas Panic! At The Disco não tem medo do ridículo e nem do exagero: por isso abre o álbum com Victorious, colocando vozes de crianças logo no início (mesma técnica utilizada em Vegas Lights, faixa do álbum antecessor que recomendo muito, além de ser uma faixa que remete ao primeiro trabalho da banda), e seguido por uma sequência atribulada e gostosa com as faixas Don't Threaten Me With A Good Time, Hallelujah e Emperor's New Clothes, faixa que se tornou continuação de This Is Gospel, e mostra a versatilidade vocal de Brendon, sendo uma faixa destaque do álbum.

Outro destaque do álbum se encontra logo após: a faixa-título. Death Of A Bachelor mostra que a fórmula "menos é mais" sempre funciona; deixando um pouco a pegada eletrônica de lado e dando um maior destaque ao baixo, aos metais e a voz de Brendon. A faixa, com estilos Suit & Tie e anos 80, mostra um Brendon de voz mais limpa, e uma canção belíssima e bem executada; encontramos a melhor faixa do álbum. A mesma fórmula é encontrada em sua última faixa, "Impossible Year", com a sutileza de um piano + voz, mas não tem o mesmo potencial da faixa-título.

O álbum segue com o mesmo propósito, os metais e ganchos em Crazy=Genius, onde temos um dos melhores instrumentais do álbum. LA Devotee e The Good, The Bad and The Dirty mostra grandes refrões grudentos que podem causar um vício, além das belas faixas Golden Days e House Of Memories, que mostram que a criatividade de Brendon fez com que o Panic! At The Disco chegasse aos 10 anos de existência com um álbum maduro, teatral, caricato e despojado, sendo um renascimento da banda após altos e baixos.

A falta de vergonha e senso nas criações de Panic! At The Disco são essencialmente fundamentais para que ela continue existindo, tanto quanto o poder de imprevisibilidade de seu vocalista.



Nota: 8.5/ 10

Destaques: Death Of A Bachelor, Emperor's New Clothes, Don't Threaten Me With A Good Time



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